sexta-feira, junho 30, 2006

Loja

A loja da força aérea sul-africana. Possui vários livros sobre a SAAF.

Cokpits

Um site muito intererrante com desenhos de cokpits.

Pirata

Já lá vai muito tempo. Qualquer coisa como 30 anos. Era o tempo das pastilhas Pirata. Como bónus traziam cromos de aviões a jacto. Também houve uma colecção de comboios. Mas os aviões eram uma colecção de 100 cromos. Depois recebíamos uma caderneta para colar os cromos. É claro que o valor informativo deste tipo de colecções era muito reduzido. Mas a ideia não era propriamente informar. Era vender pastilhas. Mas é curioso como o F-104 aparece na caixa. A sua forma esguia e afilada tinha um ar tecnológico e de alta perfomance. Tinha um ar futurista. E nada melhor para atrair a atenção ou para decorar a caixa ou a caderneta. Mas hoje à distância admito que uma colecção daquelas estava bem pensada para vender pastilhas. Nunca fiz a colecção (era preciso comprar um caixa de pastilhas para arranjar os 100 cromos), mas ainda comprei alguns cromos e as respectivas pastilhas. Perderam-se com o tempo. Mas foram os primeiros aviões a jacto que vi impressos. E alguma coisa despertou em mim quando olhei para eles. Uma memória que nunca mais se apagou.

quinta-feira, junho 29, 2006

A ver

A loja da Dassault com uma série de artigos curiosos.

Ouragan

E por falar em aviões antigos um livro sobre o primeiro avião a jacto de produção francesa, o MD 450 Ouragan.

O adeus ao Canberra PR.9

É um velho veterano do céu. Na Força Aérea Britânica (RAF) está em serviço há 55 anos, mas este Verão vai fazer o seu último voo. Não me lembro de um avião que tenha durado tanto tempo. Começou como um bombardeiro a jacto em 1951 e graças à sua versatilidade, manejo fácil e manutenção simples interessou logo vários compradores. Os norte-americanos compraram vários para substituir os seus A-26. Outros países espalhados por vários continentes fizeram o mesmo. Como bombardeiro actuou em várias guerras. Podia levar bombas convencionais ou mesmo mísseis AS.30 ou ainda um conjunto de 4 canhões de 20 mm. Ainda hoje existem Canberras nessa função em alguns locais do mundo.

Mas foi como avião de reconhecimento que atingiu o seu auge na RAF. O PR.Mk 9 é um Canberra mais elegante optimizado para operações a grande altitude e cheio de equipamento fotográfico. No nariz do avião vai o navegador que opera o equipamento de reconhecimento. É um avião estranho, mas capaz de reconhecimento diurno e nocturno. Mas o segredo da longevidade foi a sua capacidade ao longo do tempo de adaptar-se a um grande número de funções. Por isso, ainda voa. Mas tudo nele lembra passado. A cabine cheia de instrumentos negros sobre um fundo negro. Os comandos a fazer lembrar os anos 40. O desenho estranho de um avião que já não é deste tempo.

quarta-feira, junho 28, 2006

A ver

Uma loja de aviação que é bem capaz de ser a maior na Europa. Com 8 mil títulos de aviação.

terça-feira, junho 27, 2006

F-16

A 5ª edição do Scramble sobre o F-16. Uma das publicações mais informativas e actualizadas sobre este avião.

segunda-feira, junho 26, 2006

A ver

O último número da Air Fan com a despedida do F-14 Tomcat.

Mirage

É uma longa dinastia. Uma dinastia mítica. A dinastia Mirage. Quatro aviões que marcaram os últimos 40 anos. Foram aviões admirados por várias gerações de pilotos. Todos tiveram o seu tempo. O Mirage 2000 é o último desta dinastia e ainda vai continuar por muitos anos. A capa tem um Mirage F1, mas o DVD fala de todos. A ver.

Mirage 2000C brasileiros

A Força Aérea Brasileira, por meio da COMFIREM (Comissão de Fiscalização e Execuções de Contratos do Mirage 2000), disponibilizou para download o Acordo de Entendimento firmado entre o Brasil e a França para a venda dos 12 Mirage 2000C. O documento elusida importantes pontos antes não bem-esclarecidos como a versão do radar fornecido e a questão da quantidade e tipo dos armamentos a serem disponibilizados.

Versão em Português: http://www.fab.mil.br/comfirem/arquivos/Memorando%20em%20portugues.pdf

Versão em Francês: http://www.fab.mil.br/comfirem/arquivos/Memorando%20em%20frances.pdf

sábado, junho 24, 2006

Atlas

Um atlas de missões aéreas que vai desde a 1ª Guerra Mundial até à 1ª Guerra do Golfo. Parece ser um livro com algum interesse, embora muito generalista.

sexta-feira, junho 23, 2006

F-104 (Photo Gallery Profiles 1)

Um livro recente sobre o F-104. Parece ser um livro mais para modelistas dado o facto de possuir muitas fotos e ilustrações. Mesmo assim, parece ter algum interesse. O Starfighter é uma daquelas lendas da aviação de caça, embora o seu desempenho fosse fraco e tivesse um custo de operação elevado. Mas foi um caça usado em grande quantidade na Europa, no Japão e no Canadá. Matou muitos pilotos é certo, mas não deixa de ter uma certa aura. A primeira vez que o vi foi no embrulho de um chocolate. O chocolate não era nada mau e um avião impressionava pelo seu perfil afilado. Um autêntico míssil tripulado.

quinta-feira, junho 22, 2006

Le Fana de L`Aviation

A ver na Le Fana de L`Aviation, os meandros do concurso da NATO de 1957 que deu a vitória ao Fiat G91.

A ver

Uma óptima livraria on-line com muitos títulos de aviação. É raro encontrar uma livraria tão completa.

quarta-feira, junho 21, 2006

Grippen e Meteor

O Meteor foi disparado pela segunda vez com sucesso por um Grippen sueco. É uma arma ar-ar de grande alcance que vai revolucionar o combate BVR no futuro.

F-16

O F-16 não pára. Há boas possibilidades de Taiwan adquirir 60 F-16C/D Bloco 52. O interesse de Taiwan no F-16 é grande dado que é um aparelho que já opera. Vamos ver se até ao fim do ano surge uma decisão definitiva.

terça-feira, junho 20, 2006

Alouette III

Pouco a pouco começa a ser uma relíquia. Há pouco mais de um 1 mês foi a África do Sul que o retirou de serviço para o substituir pelo A109 LUH. A Suiça também já o substitui pelo EC 635. E, portanto, o velho Alouette III vai passando à história como um dos helicópteros mais memoráveis de sempre. Para um aparelho que entrou em serviço em 61 é espantoso que ainda hoje seja usado e que tenha uma carreira tão longa.

Nós por cá ainda o temos, embora agora o governo queira vender os que restam. Desconfio que vai ser difícil, pois já ninguém quer relíquias. Mas um dia vamos sentir saudades deles. Era um aparelho simples e versátil. Talvez por isso tenha tido tanto sucesso. Aqui vemos um sul-africano.

segunda-feira, junho 19, 2006

Pilotos

Já aqui tinha falado há tempos do problema dos pilotos na força aérea. É um problema complicado de resolver, mas há obviamente medidas que podiam ser tomadas para o ultrapassar.

Aumentar o poder de atracção da carreira militar e aumentar o subsídio de voo dos pilotos seriam duas medidas essenciais Não vejo outra saída senão mexer nestes dois capítulos que estão obviamente ligados entre si.

Há também quem defenda a mudança de regras na admissão à TAP, mas a fuga de pilotos não é só para a TAP. Outras companhias privadas também têm atraído pilotos da FAP. Outros defendem um maior período obrigatório de permanência na FAP (de 8 para 12 anos), mas isso só diminui o poder de atracção da carreira militar.

A questão da carreira militar é aqui obviamente importante. Só quem gosta da carreira é que pode hoje em dia trocar um curso de ciências aeronáuticas numa universidade ou um curso de engenharia aeroespacial por uma carreira de piloto militar. Ser militar é mais trabalhoso e exige mais em termos pessoais. E no fim acaba-se a ganhar menos do que no sector privado. Portanto, ser militar tem que ser uma paixão, pilotar um avião de caça tem que ser um atractivo.
Portanto, aumentar o número de candidatos na Academia tem que passar por uma política intensiva e eficiente de recrutamento de candidatos tanto no ensino secundário como no ensino superior. E isso até hoje não foi feito.

Depois manter os pilotos formados na força aérea também não é fácil. A maior parte dos pilotos são tenentes e ganham um salário que ronda os 1600 euros + 700 euros de subsídio de voo, o que dá 2300 euros/mês. Numa companhia privada podem ganhar o dobro disto.

Portanto, não é fácil convencer um piloto a continuar na carreira militar perante tais diferenças salariais. Se esta diferença não for combatida muitos militares vão continuar a preferir o sector privado. É óbvio que nunca poderá existir uma igualdade de salários, mas as diferenças actuais entre militar e privado devem ser diminuídas.

FAB no Google Earth

Depois de algumas horas de diversão no Google Earth, terminei um pequeno trabalho com a localização das principais unidades e meios da FAB que são visiveis no Google Earth. O diretório está dividido em quatro subdiretórios (Bases Aéreas, PAMA, Aeronaves, Escolas e Outros). Peço encarecidamente para aqueles interessados no assunto e que percebam algum erro ou conheçam algum outro "objeto" de valor que possa ser adicionado a lista que entre em contato comigo para que possamos criar um diretório o mais preciso e abrangente possível. O link para download do arquivo é http://rapidshare.de/files/23498336/FAB.kmz.html.

sexta-feira, junho 16, 2006

Novo 4x4 Leve

Os dois mais poderosos exércitos do Brasil e da Argentina uniram esforços para desenvolver uma nova viatura leve para ser adotada principalmente por suas unidades para-quedistas. Denominado "Gaúcho", o segundo protótipo do veículo foi apresentado recentemente na Argentina e se espera que uma encomenda para a produção do modelo ocorra em breve. Clicando aqui você poderá ler um pouco mais sobre o veículo e baixar um vídeo com o mesmo.


F-35

Os ventos não correm de feição para o F-35.

Área 51

Como já tinha dito noutro post, o último número da Combat Aircraft traz um artigo do Robert F. Dorr sobre a base de Groom Dry Lake no Nevada, mais conhecida por Área 51. A base começou por ser um sítio de testes para o U-2 da CIA a partir de 1955. Depois foi usada para testes com o A-12, o antepassado do SR-71. Aviões como o Mig-21, Mig-17, Mig-23 e Su-7 e Su-22 também passaram por lá para testes de combate. É possível que também 1 Mig-29 tenha passado por lá, proveniente de uma deserção em Maio de 89. Depois foi palco de desenvolvimento de aviões furtivos como o F-117, embora esta parte seja polémica para os historiadores. Hoje em dia está envolvida no teste de UAVs como o X-45 e X-47. É claro que desde os tempos da CIA (hoje a base é da USAF), sempre houve um certo secretismo em torno de Groom Dry Lake. Ora isso levou obviamente ao aparecimento de todo o folclore sobre extraterrestres e discos voadores. Mas vale a pena ler o artigo de Robert F. Dorr.

Rafale versus Tufão

Um artigo que saiu há tempos na DSI e que agora está on-line fazendo uma comparação entre o Tufão e o Rafale.

quinta-feira, junho 15, 2006

Google Earth em nova versão

A Google lançou recentemente uma atualização para o seu programa Google Earth que apresenta uma enorme maior variedade de localidades disponíveis em alta resolução. Uma benção para os amantes de aviação militar, o programa permite visualizar agora uma variedade muito maior de bases aéreas ao redor de todo globo com uma boa riqueza de detalhes. A foto abaixo mostra a Base Aérea de Florianópolis (Brasil) que abriga um esquadrão de aeronaves P-95, de patrulha marítima, mas onde se vê no pátio dois C-130H da Força Aérea Brasileira.


quarta-feira, junho 14, 2006

Adeus Sea Harrier

O último número da Air Fan traz o Sea Harrier na capa e a despedida desta caça naval.

Asas

A ver o último número da revista ASAS com um F-15 japonês na capa. É um facto que o F-15 continua a ser um caça excepcional com cerca de 74 vitórias contra nenhuma perda. Merece bem uma capa de revista.

terça-feira, junho 13, 2006

Marinhas

Uma revista de navios de guerra que não conhecia. Possui também artigos sobre aviação naval.


A ver II

O último número do Air Enthusiast com destaque na capa sobre o Harrier.

A-37

Um artigo sobre a actuação do A-37 na guerra do Vietname.

A ver

O último número da Combat Aircraft com um artigo esclarecedor sobre a famosa Área 51 e outro muito interessante sobre a família do Flanker.

segunda-feira, junho 12, 2006

Dia da Força Aérea

Este ano o dia da Força Aérea vai ser assinalado em Braga. Podem ver a notícia aqui.

sábado, junho 10, 2006

M60

Hoje no desfile militar do Porto, um M60A3 da BMI avariou em plena avenida. Não foi nada de grave e pode acontecer a qualquer carro de combate, mas é mais provável que aconteça a um carro velho do que a um carro novo.

Depois no fim do desfile um jornalista perguntou ao primeiro-ministro se não havia ali um sinal de uma certa pobreza militar. E o primeiro-ministro disse logo ao jornalista que nem pensar, que nos últimos 10 anos tinha ocorrido uma grande evolução nas forças armadas e que quem visse um desfile há 10 anos e agora notava bem a diferença.

É óbvio que o primeiro-ministro não percebe muito do assunto, senão saberia concerteza que os M60A3 estão ao serviço da BMI desde 1993 e que antes disso já eram carros combate usados, pois vieram para Portugal ao abrigo do tratado de redução de forças convencionais na Europa, o famoso CFE. Como também não sabe que o M60A3 entrou ao serviço do exército americano em 1978 e que quando chegou a Portugal já os americanos usavam o M1A2. Se isto não é pobreza e atraso, então o que será?

Fica aqui uma sugestão de leitura.

sexta-feira, junho 09, 2006

Raide na Líbia

Um livro que é talvez o mais interessante sobre a operação El Dorado Caynon. Escrito por um oficial directamente envolvido na preparação dos bombardeamentos à Líbia, o livro relata muito bem o que foi a preparação e a execução da operação de ataque à Líbia nos anos 80.


Outro livro com uma breve descrição da acção dos F-111, é este do Bill Gunston. Embora o livro seja de 1983, na versão portuguesa da Nova Cultural (1987) tem uma breve descrição do ataque à Líbia.

Mig-25

No dia 1 de Maio, a Índia retirou de serviço os últimos 4 Mig-25R. O avião sempre foi usado para funções de reconhecimento e pouco mais de 40 pilotos podem dizer que voaram nele. Pouco a pouco este avião de grandes perfomances vai chegando ao fim da sua carreira. Poucos países ainda o usam. É o descanso de uma velha raposa. Concebido para neutralizar um bombardeiro americano que nunca existiu, o Foxbat passou a ser um bom avião de reconhecimento. Hoje ainda é usado nessa função e também noutra muito curiosa. Proporcionar voos turísticos a grande altitude e velocidade.

quinta-feira, junho 08, 2006

Operação El Dorado Canyon: os caças da Líbia

Dando continuidade ao tema da Operação El Dorado Canyon, e aceitando de bom grado a sugestão dada pelo nobre colega César, falemos um pouco sobre a força de aeronaves de combate da Força Aérea da Líbia disponível em 1986. Devido à passagem do tempo e a pouca informação disponível naquela época sobre tal força, relacionar um número preciso dos vetores disponíveis é uma tarefa um tanto difícil. No entanto, pode-se estimar com os dados disponíveis hoje que aquela força era constituía na época por entre 350 e 450 aeronaves entre as quais figuravam os modelos Mirage III, Mirage V, Mirage F-1, MiG-21, MiG-25, e em maior número, MiG-23. Se tratava certamente de uma força bastante razoável e que poderia impor sérias dificuldades aos incursores. No entanto, apenas “poderiam”. Como pode ler lido no documento sobre tal tema mencionado na mensagem anterior, informa que o presidente da Líbia, em uma decisão bastante discutível, ordenou que todas seus caças não decolassem. A história apronta as suas...

8 de Junho

Na tarde de 8 de Junho, aviões A-4 argentinos atacaram o Sir Galahad e o Sir Tristam em Port Pleasant, deixando os dois navios em chamas e provocando a morte a 51 soldados britânicos. Na noite desse mesmo dia, os A-4 voltaram ao ataque e destruíram o Sir Galahad. Foi um dia complicado para as tropas em terra, mas nada fez parar os britânicos. A guerra caminhava para o seu fim.

Operação El Dorado Canyon

Em 15 de abril de 1986, os Estados Unidos lançaram um ataque contra a Líbia em retaliação à ataques terroristas executados contra alvos anglo-americanos e que teriam contado com o apoio do governo de Kadafi. Clicando aqui você poderá acessar um documento produzido por um marechal soviético que resume de maneira concisa e muito interessante a limitada guerra aérea ocorrida durante a Operação El Dorado Canyon que teve entre suas vítimas, uma filha adotiva de 2 anos do líder da Líbia.

quarta-feira, junho 07, 2006

Osirak

Há 25 anos neste mesmo dia, 8 caças F-16 israelitas escoltados por 6 caças F-15 levantaram voo da Base Aérea de Etzion. Armados cada um com duas bombas MK 84 de 910 kg, 2 mísseis Sidewinder, dois tanques subalares de 1400 litros cada e tanque ventral tomaram a direcção do Iraque. O alvo era Osirak uma central nuclear iraquiana. Voaram sempre a baixa altitude e em silêncio rádio. Quando atingiram o alvo apanharam os iraquianos praticamente de surpresa.
Das 16 bombas lançadas sobre o reactor, apenas uma errou o alvo. Os aviões regressaram em segurança para a base. A BBC fez agora uma entrevista com os pilotos.


BBC

terça-feira, junho 06, 2006

A-4

Durante a guerra das Malvinas, os A-4 da Marinha e da Força Aérea argentina foram os aparelhos mais activos contra as forças britânicas, embora com um custo elevado. Os aviões realizaram 289 saídas, mas 22 aparelhos perderam-se devido a diversas causas, embora 19 tenham sido devido à acção das forças britânicas. Mesmo assim, conseguiram afundar quatro navios britânicos e uma lancha de desembarque, além de avariarem outros quatro barcos.

Contudo, os aviões nem sempre conseguiram ter boas condições de operação. Várias condicionantes dificultaram a sua operação. De início eram escoltados por Mirages III, mas a partir do momento que os Sea Harrier britânicos derrubaram dois Mirages III, os ataques dos A-4 começaram a ser feitos sem escolta, o que aumentou as perdas.

Depois quando o porta-aviões 25 de Maio foi chamado de volta para a Argentina devido à ameaça dos submarinos britânicos, os A-4 da Marinha perderam a sua base móvel e passaram a operar a partir das bases no continente, o que trazia problemas de alcance.

Também não tiveram sorte com as bombas de 454 kg que usaram, pois muitas vezes não explodiram por serem lançadas a baixa altitude.

Mesmo assim, a coragem dos pilotos argentinos foi elogiada, pois arriscaram muitas vezes a vida contra alvos bem defendidos. Na verdade, dezoito pilotos perderam a vida.

Um esforço inglório que não impediu a tomada das ilhas pelos britânicos. Junho seria justamente o mês da rendição. Para o ano faz 25 anos.

Insuficiências

Hoje no Correio da Manhã, as revelações de um documento oficial , que lista “vulnerabilidades” e insuficiências de material bélico na força aérea.

segunda-feira, junho 05, 2006

Ainda os F-16s

Quem escreve de forma pública como eu corre sempre o risco de se enganar em coisas que devia saber. Isto aplica-se ao comentário que fiz a propósito das notícias que saíram no Público sobre o facto do governo ter a intenção de vender 12 F-16s que nunca voaram.

Tinha de facto uma ideia errada sobre a esquadra 301, que opera em Monte Real. Julguei que a esquadra operava praticamente com todos os F-16s do Peace Atlantis II, quando na verdade opera neste momento com 4 aparelhos MLU (2 monoplace e 2 biplace). Dos restantes, alguns estão a passar pelo processo de MLU (3 aparelhos) e os restantes 18 estão de facto encaixotados.


A razão disto ser assim prende-se com o facto da FAP querer desde o início operar os aviões já modernizados no padrão MLU e não como eles vinham dos Estados Unidos. Daí a razão dos aviões não terem voado na sua configuração de origem, pois a intenção era modernizá-los a todos.

É claro que a notícia no Público não dá uma ideia correcta sobre o assunto, pois diz que vamos vender 12 aparelhos que nunca voaram, ou seja, dá a entender que não eram precisos ou que foram comprados sem razão nenhuma. Quando na verdade os aparelhos nunca voaram porque estavam à espera de ser modernizados. Depois a notícia contem um outro erro que é afirmar que são aparelhos do Peace Atlantis II que vão ser vendidos quando ainda não sabemos ao certo? É possível que até sejam do Peace Atlantis I, pois possuem mais horas de voo do que os do Peace Atlantis II.

É certo que a jornalista escreveu no dia seguinte um artigo mais esclarecedor no jornal onde dizia: “Desde o início que o objectivo era modernizar a segunda esquadra. Os aviões ficaram na Base de Monte Real como vieram dos EUA, empacotados por blocos de peças, à espera da modernização, que começou a ser feita só há dois anos na OGMA. O atraso deveu-se à falta de dinheiro para pagar a modernização. Agora, o Governo chegou à conclusão que não são precisos tantos aviões.”

Portanto, no dia seguinte esclareceu melhor os leitores. Acho que fez bem.

Mais Alto

O último número da revista da força aérea traz na capa os novos Asas de Portugal. No interior um artigo muito interessante sobre os mesmos.

domingo, junho 04, 2006

A ver

O último número da revista DSI.

Estilo Livre de Voar

O Yak-41M foi uma aeronave revolucionária em muitos aspectos e se trata da primeira aeronave VTOL (Vertical Take-Off and Landing) verdadeiramente supersônica e tendo obtido diversos recordes no início da década de 90. Mais conhecido pelo nome Yak-141 Freestyle no Ocidente (esse nome foi adotado pela fabricante durante a fase em que foram efetuados os vôos para obtenção de recordes), foi concebida como um futuro substituto dos desengoçados Yak-38, acabou sendo cancelado em 1992 devido ao colapso da União Soviética e a situação alentadora da Marinha Soviética. No entanto acabou sendo capaz de gerar seus frutos ao se tornar alvo de uma parceria, discreta e pouco divulgada mas, ao mesmo tempo, de grande importância, da Yakolev com a Lockheed Martin para o desenvolvimento do YF-35 JSF. Clique aqui e assista um vídeo com essa interessante aeronave.

sábado, junho 03, 2006

MiG-29SMT para o Peru

Recentemente foi noticiado que a Força Aérea Peruana estaria interessada em modernizada sua frota de Fulcrums e já estaria conduzindo com a RAC-MiG visando tal propósito. Segundo a notícia, os MiG-29s peruanos se encontram em uma situação delicada devido ao desgaste natural das células e o Alto Comando da FAP espera atrelar uma modernização para o padrão SMT ao processo de recuperação das aeronaves. Uma aeronave com as capacidades do MiG-29SMT aumentaria consideravelmente as atuais capacidades da aviação militar peruana e teria um grande destaque no cenário sul-americano.

sexta-feira, junho 02, 2006

L´Airpower au 21 siécle

L´Airpower au 21 siécle, um livro muito interessante de Joseph Henrotin, que escreveu um artigo de síntese sobre este tema no último número da DSI.

Russos se modernizam

Recentemente, foram publicadas algumas notícias no Base Militar a respeito da modernização das forças armadas russas. Apesar de priorizarem a dotação de novos mísseis nucleares como principal ferramenta de dissuasão, estão ocorrendo em paralelo compras de novos equipamentos militares, principalmente para o Exército Russo, assim como a modernização de diversos modelos de aeronave. No entanto, o assunto mais polêmico abordado se refere ao futuro caça de quinta geração russo o qual deverá realizar seu primeiro vôo ainda nesse ano ou em 2007 segundo afirmou o Comandante-em-Chefe da Força Aérea Russa, Vladimir Mikhaylov. Seria o ressurgimento do poderoso Exército Vermelho de outrora? É ver para crer...

quinta-feira, junho 01, 2006

Contaminações

Uma notícia hoje no Público da autoria de Helena Pereira provocou uma cadeia de contaminação jornalística a propósito da venda dos F-16s com repercussões junto do próprio ministro da defesa.

A jornalista escreveu o seguinte a propósito do segundo lote de F-16s comprados no tempo de António Guterres: “o segundo pacote de F16 foi comprado há poucos anos pelo Governo de António Guterres. Desses aviões, apenas quatro foram modernizados e estão a voar. Os outros ainda estão "encaixotados".

Ora alguém na SIC leu a notícia e fez uma entrevista ao ministro onde perguntava como é que era possível que os aviões tivessem sido comprados e nunca tivessem voado.

O ministro provavelmente surpreendido com a questão deu uma resposta muito mal sustentada dizendo que os aviões de facto não eram precisos, pois no fundo quando os aviões foram comprados tinham em vista atender certas necessidades que agora já não existem devido a uma mudança no ambiente estratégico. É claro que não se percebe como é que o contexto estratégico para a actuação dos aviões mudou assim tanto desde 1998, quando o Peace Atlantis II foi acordado, mas vamos então contextualizar.

Peace Atlantis I – Primeiro lote de 20 aparelhos F-16s. O programa foi assinado em Agosto de 1990 e os primeiros aparelhos recebidos em Julho de 1994. Formaram a esquadra 201, que opera em Monte Real.

Peace Atlantis II – Segundo lote de 25 aparelhos. O programa foi assinado em Novembro de 1998. Os aparelhos começam a chegar em Junho de 2003. Dos 25 aviões, 5 ficaram em reserva. Os outros 20 formaram a Esquadra 301 a funcionar em Monte Real desde Novembro de 2005.

Portanto, existem actualmente duas esquadras de F-16s a funcionar em Monte Real. A verdade é que do segundo lote de aparelhos apenas quatro foram modernizados, mas suponho que os restantes 16 estão a voar.

Ora este tipo de notícia amplificada pela SIC provoca nas pessoas a sensação de que a força aérea andou a comprar aviões para estarem encaixotados, ou seja, andou a gastar dinheiro para nada, o que não é verdade. E a resposta do ministro à pergunta também não foi a mais feliz, pois assim aumenta o ruído a propósito desta questão. Mas dá também um sinal de que não conhece bem a história nem a estrutura da força aérea. E isso num ministro da defesa não é bom.

Finalmente

Finalmente temos uma visão clara do que vai ser a LPM. Depois de tanta especulação sabe-se finalmente o que nos espera. Acho que as opções tomadas são correctas e a venda de equipamento é uma boa opção, pois vai permitir obter algumas verbas para fazer face às aquisições. Mas vejamos a nível de meios aéreos o que vamos ter.

Os F-16s vão ser modernizados na totalidade, mas 12 caças vão ser vendidos depois da MLU, o que significa que as duas esquadras vão ficar com 28 aparelhos.

A modernização dos C-130H vai continuar.

Os dez Puma actualmente desactivados vão ser em princípio vendidos à Roménia. Há também a intenção de vender 18 Alouette III ainda operacionais de forma a conseguir verbas para o novo helicóptero ligeiro.

Criação de uma força conjunta de helicópteros que terá como base o Montijo e que terá todos os helicópteros da Marinha, do Exército e da Força Aérea.