Pára-quedas
terça-feira, setembro 27, 2005
terça-feira, setembro 20, 2005
Debate
Embora o ministro não tenha revelado muito sobre os cortes mais que prováveis nas forças armadas gostei de ouvir ontem no Programa Prós e Contras da RTP 1, o Luis Amado a discorrer sobre a importância das forças armadas no futuro do país. O homem sabe do que fala. Pelo menos é um ministro com noções claras sobre a pasta que ocupa.
quinta-feira, setembro 15, 2005
Brasil e Mirage
A última AFM de Outubro traz na página 24, uma notícia interessante sobre o discurso do General Luiz Carlos Bueno, Chefe do Estado Maior da Força Aérea Brasileira (FAB), na Base de Natal, onde esteve no passado dia 10 de Agosto no aniversário do 1º ano do Super Tucano ao serviço da FAB.
Nessa cerimónia, o General deu conta que o famoso F-X destinado a escolher um novo caça para o Brasil, foi unicamente adiado e não cancelado como se falou insistentemente há um ano atrás. Segundo o chefe máximo da FAB, o concurso foi adiado porque nenhuma das propostas concorrentes (excepto o JAS 39 Grippen) satisfazia os requisitos da FAB. No entanto, parece que a FAB continua interessada na compra de um novo caça em 2008, para que entre em serviço em 2010.
Este novo caça iria formar um novo esquadrão de defesa aérea juntamente com os Mirages 2000s (comprados recentemente em 2ª mão em França) e com os F-5BRs. Parece que os planos da FAB apontam para que em 2015, o Brasil tenha 3 esquadrões de defesa aérea (dois deles na região Amazónica). Parece que um será formado com um novo caça, outro com o Mirage 2000 e outro com o F-5BR.
É claro que estamos aqui a falar das intenções da FAB, não sabemos se o poder político nos próximos tempos seguirá o mesmo caminho. Ou seja, a abertura de um novo F-X em 2008 dependerá sempre do clima político na altura e das prioridades do mesmo para a FAB. Mas penso que há sempre alguma chance disso acontecer. É curioso a excepção do JAS 39 na questão dos requisitos, ou seja, parece que seria afinal o concorrente melhor colocado para vencer o F-X. Se assim é, afigura-se de novo como um forte candidato para 2008, embora não seja aí de excluir a presença de outros candidatos fortes como o Rafale e o Tufão, que não participaram no último F-X.
Em relação aos Mirages comprados ao Exército do Ar francês, confirma-se os prazos de entrega, ou seja, os primeiros quatro deverão ser entregues em meados do próximo ano, de forma a estarem presentes no desfile da Independência no dia 7 de Setembro, enquanto que mais quatro serão entregues em 2007 e os últimos quatro em 2008. Neste momento dois biplaces e um monoplace foram transferidos da base de Orange para Bordeaux, onde a Dassault os vai revisionar para depois os entregar à FAB. Os aviões irão substituir os velhinhos Mirage III completamente obsoletos.
Já agora uma nota final sobre o Mirage 2000. Saiu este mês em França o nº2 da colecção Check List da edições DTU dedicado ao Mirage 2000, já aqui referido por mim. O livro é uma tremenda decepção, pois embora tenha excelentes fotografias do interior e do exterior do aparelho não explora muito o avião em termos de características, aviónicos e desempenho. Pode ter interesse para modelistas, mas é pena que fique só por aí.
Nessa cerimónia, o General deu conta que o famoso F-X destinado a escolher um novo caça para o Brasil, foi unicamente adiado e não cancelado como se falou insistentemente há um ano atrás. Segundo o chefe máximo da FAB, o concurso foi adiado porque nenhuma das propostas concorrentes (excepto o JAS 39 Grippen) satisfazia os requisitos da FAB. No entanto, parece que a FAB continua interessada na compra de um novo caça em 2008, para que entre em serviço em 2010.
Este novo caça iria formar um novo esquadrão de defesa aérea juntamente com os Mirages 2000s (comprados recentemente em 2ª mão em França) e com os F-5BRs. Parece que os planos da FAB apontam para que em 2015, o Brasil tenha 3 esquadrões de defesa aérea (dois deles na região Amazónica). Parece que um será formado com um novo caça, outro com o Mirage 2000 e outro com o F-5BR.
É claro que estamos aqui a falar das intenções da FAB, não sabemos se o poder político nos próximos tempos seguirá o mesmo caminho. Ou seja, a abertura de um novo F-X em 2008 dependerá sempre do clima político na altura e das prioridades do mesmo para a FAB. Mas penso que há sempre alguma chance disso acontecer. É curioso a excepção do JAS 39 na questão dos requisitos, ou seja, parece que seria afinal o concorrente melhor colocado para vencer o F-X. Se assim é, afigura-se de novo como um forte candidato para 2008, embora não seja aí de excluir a presença de outros candidatos fortes como o Rafale e o Tufão, que não participaram no último F-X.
Em relação aos Mirages comprados ao Exército do Ar francês, confirma-se os prazos de entrega, ou seja, os primeiros quatro deverão ser entregues em meados do próximo ano, de forma a estarem presentes no desfile da Independência no dia 7 de Setembro, enquanto que mais quatro serão entregues em 2007 e os últimos quatro em 2008. Neste momento dois biplaces e um monoplace foram transferidos da base de Orange para Bordeaux, onde a Dassault os vai revisionar para depois os entregar à FAB. Os aviões irão substituir os velhinhos Mirage III completamente obsoletos.
Já agora uma nota final sobre o Mirage 2000. Saiu este mês em França o nº2 da colecção Check List da edições DTU dedicado ao Mirage 2000, já aqui referido por mim. O livro é uma tremenda decepção, pois embora tenha excelentes fotografias do interior e do exterior do aparelho não explora muito o avião em termos de características, aviónicos e desempenho. Pode ter interesse para modelistas, mas é pena que fique só por aí.
Portanto, parece-me que o melhor livro escrito até hoje sobre o Mirage 2000, ainda continua a ser os “Les Mirages 2000" do Jean-Paul Philippe publicado pela Taillandier em 1991. E é pena que tanto tempo depois mais ninguém tenha escrito ainda um livro capaz de esmiuçar o Mirage 2000 a fundo. E estou a ver que também já não vão escrever. É pena, pois o avião ainda continua em serviço e vai continuar por muitos anos.
domingo, setembro 11, 2005
Loja de aviação
Uma loja muito interessante com modelos espectaculares de alguns aviões modernos como este F-16 Tiger.
quarta-feira, setembro 07, 2005
F-15 bate Rafale
Singapura decidiu escolher o F-15 como seu novo caça. A decisão era entre o F-15 e o Rafale francês e os americanos acabaram por ganhar. Ambos os aviões em concurso eram excelentes propostas, mas segundo parece pelo comunicado de imprensa, a proposta americana em termos de preço era mais vantajosa, devido à desvalorização do dólar face ao euro. Quanto à versão do F-15 estamos obviamente a falar de uma versão semelhante à que foi vendida à Coreia do Sul com o APG-63(V)2 e outros aviónicos de grande qualidade. Já agora é a 2ª vez que o Rafale perde para o F-15, pois no F-X coreano isso também já tinha acontecido. É claro que num negócio desta dimensão não podemos ignorar o tipo de pressões em jogo e os americanos são capazes de ter mais argumentos que os franceses a esse nível, apesar do nível de cooperação militar entre Singapura e a França. Mas o mais interessante nisto tudo é o F-15 continuar a ter encomendas e a ganhar concursos contra a caças de geração mais recente. Realmente espantoso. Mas o Rafale é um grande avião. Ontem, por acaso, até estive a ver o CD da Dassault sobre o Rafale e realmente deixa qualquer um com vontade de pilotar uma máquina daquelas.
terça-feira, setembro 06, 2005
Jaguares
Os Jaguares vão assinalar no próximo dia 8 de Outubro as 20 mil horas da frota Alpha-jet ao serviço da Esquadra 301. O evento começa às 10h:30 nas actuais instalações da Esquadra 301 na Base Aérea de Beja.
quinta-feira, setembro 01, 2005
Um longo processo
É espantoso como se arrastou ao longo dos anos o processo de aquisição de meios aéreos próprios pelo estado português. Já no tempo de Balsemão como primeiro-ministro (1982), um grupo de trabalho criado para estudar a utilização de meios aéreos no combate a fogos florestais sugeria a compra de 3 aparelhos Canadair. Nada foi feito por alegada falta de verbas. E ao longo dos governos de Cavaco Silva o assunto foi ignorado. Com António Guterres, a Administração Interna voltou a encomendar um estudo que apontava no mesmo sentido, ou seja, que o estado devia de comprar meios pesados de combate a incêndio mais uma vez os Canadair. Durão Barroso nada fez a este propósito e Santana Lopes chegou a anunciar a intenção de abrir concurso para a compra dos referidos meios, mas a intenção nunca se concretizou. Só agora com a pressão deste Verão é que o governo decidiu avançar.
Que tipo de meios vamos ter parece evidente que a juntar aos Puma transferidos da força aérea vamos ter meios pesados anfíbios e que o Canadair CL-415MP seria uma boa opção para nós ou então o Beriev Be-200, embora me pareça que o Canadair seja mais flexível para outro tipo de missões secundárias. A juntar a estes podiam ser adquiridos alguns aparelhos médios de forma a complementar os Canadair e também mais alguns helicópteros.
Que tipo de meios vamos ter parece evidente que a juntar aos Puma transferidos da força aérea vamos ter meios pesados anfíbios e que o Canadair CL-415MP seria uma boa opção para nós ou então o Beriev Be-200, embora me pareça que o Canadair seja mais flexível para outro tipo de missões secundárias. A juntar a estes podiam ser adquiridos alguns aparelhos médios de forma a complementar os Canadair e também mais alguns helicópteros.
Os Puma
Há coisas curiosas na forma como a comunicação social cobriu o combate aos fogos. Quando a meio do mês, Portugal pediu ajuda à União Europeia para o combate aos fogos florestais vários países responderam de forma positiva enviando meios aéreos. Um deles foi a Alemanha com os já famosos helicópteros Puma.
É curioso a este propósito como o heliporto de Santa Comba Dão tornou-se visita frequente de jornais e de televisões que acharam interessante fazer umas reportagens sobre a actuação dos 3 helicópteros SA 330J Puma do Grupo de Aviação da Polícia Federal Alemã. Os alemães muito simpáticos até levaram alguns jornalistas a dar umas voltas de helicóptero e deixaram-nos mesmo filmar os aparelhos em acção sobre os incêndios. Em pouco tempo, a equipa alemã tornou-se uma espécie de estrela do nosso firmamento local a juntar aos nossos bombeiros que todos os dias combatiam os fogos até à exaustão.
Mas é curioso como os editores destas coisas terão escolhido os Puma para figurar nos telejornais. Talvez seja mais espectacular fazer uma reportagem de helicóptero do que de avião. Talvez os alemães sejam mais simpáticos do que os italianos ou do que os franceses. Enfim, nunca saberemos porque razão foram os Puma as estrelas da companhia. Mas a cobertura mediática que tiveram até foi boa para mostrar à malta de cá como deve funcionar um grupo aéreo de helicópteros do estado dedicado ao combate de fogos.
Quem entrevistou os pilotos alemães ficou facilmente a perceber que aqueles homens treinam todo o ano naquele tipo de missões e que são especialistas em combate a incêndios. Ou seja, são polícias num grupo de aviação treinados para um só tipo de missões. Talvez, por isso, se note a eficiência com que actuam no combate ao fogo. Serve isto para lembrar que não basta apenas equipar um helicóptero com um balde de água e mandar o piloto despejar a água sobre o fogo. É preciso treino para fazer isso e uma dedicação específica a este tipo de missões.
Talvez se perceba assim, que não adianta dizer que temos novos helicópteros na força aérea (os famosos Merlin) que podiam também ser usados no combate a fogos. Em primeiro lugar, os helicópteros não estão preparados para isso e em segundo lugar, os pilotos também não. O mesmo acontece em relação aos pilotos do exército (que continuam sem helicópteros para pilotar e a ficarem desactualizados). Também não estão treinados para combater incêndios e os helicópteros que vão receber no futuro também não estão adaptados para isso. Portanto, os meios aéreos de combate a incêndios devem ser operados por pilotos treinados para essa função como acontece na Alemanha e noutros países. E os helicópteros ou outros meios aéreos destinados a isso devem ter essa actividade como missão primária e não como missão secundária ou apêndice de uma actividade militar. Neste contexto é de saudar a passagem gradual ao longo do próximo ano dos Puma da força aérea para essa missão. Se forem operados nos mesmos moldes dos Puma alemães poderão ser muito eficientes no combate a incêndios.
É curioso a este propósito como o heliporto de Santa Comba Dão tornou-se visita frequente de jornais e de televisões que acharam interessante fazer umas reportagens sobre a actuação dos 3 helicópteros SA 330J Puma do Grupo de Aviação da Polícia Federal Alemã. Os alemães muito simpáticos até levaram alguns jornalistas a dar umas voltas de helicóptero e deixaram-nos mesmo filmar os aparelhos em acção sobre os incêndios. Em pouco tempo, a equipa alemã tornou-se uma espécie de estrela do nosso firmamento local a juntar aos nossos bombeiros que todos os dias combatiam os fogos até à exaustão.
Mas é curioso como os editores destas coisas terão escolhido os Puma para figurar nos telejornais. Talvez seja mais espectacular fazer uma reportagem de helicóptero do que de avião. Talvez os alemães sejam mais simpáticos do que os italianos ou do que os franceses. Enfim, nunca saberemos porque razão foram os Puma as estrelas da companhia. Mas a cobertura mediática que tiveram até foi boa para mostrar à malta de cá como deve funcionar um grupo aéreo de helicópteros do estado dedicado ao combate de fogos.
Quem entrevistou os pilotos alemães ficou facilmente a perceber que aqueles homens treinam todo o ano naquele tipo de missões e que são especialistas em combate a incêndios. Ou seja, são polícias num grupo de aviação treinados para um só tipo de missões. Talvez, por isso, se note a eficiência com que actuam no combate ao fogo. Serve isto para lembrar que não basta apenas equipar um helicóptero com um balde de água e mandar o piloto despejar a água sobre o fogo. É preciso treino para fazer isso e uma dedicação específica a este tipo de missões.
Talvez se perceba assim, que não adianta dizer que temos novos helicópteros na força aérea (os famosos Merlin) que podiam também ser usados no combate a fogos. Em primeiro lugar, os helicópteros não estão preparados para isso e em segundo lugar, os pilotos também não. O mesmo acontece em relação aos pilotos do exército (que continuam sem helicópteros para pilotar e a ficarem desactualizados). Também não estão treinados para combater incêndios e os helicópteros que vão receber no futuro também não estão adaptados para isso. Portanto, os meios aéreos de combate a incêndios devem ser operados por pilotos treinados para essa função como acontece na Alemanha e noutros países. E os helicópteros ou outros meios aéreos destinados a isso devem ter essa actividade como missão primária e não como missão secundária ou apêndice de uma actividade militar. Neste contexto é de saudar a passagem gradual ao longo do próximo ano dos Puma da força aérea para essa missão. Se forem operados nos mesmos moldes dos Puma alemães poderão ser muito eficientes no combate a incêndios.