Os Puma
Há coisas curiosas na forma como a comunicação social cobriu o combate aos fogos. Quando a meio do mês, Portugal pediu ajuda à União Europeia para o combate aos fogos florestais vários países responderam de forma positiva enviando meios aéreos. Um deles foi a Alemanha com os já famosos helicópteros Puma.
É curioso a este propósito como o heliporto de Santa Comba Dão tornou-se visita frequente de jornais e de televisões que acharam interessante fazer umas reportagens sobre a actuação dos 3 helicópteros SA 330J Puma do Grupo de Aviação da Polícia Federal Alemã. Os alemães muito simpáticos até levaram alguns jornalistas a dar umas voltas de helicóptero e deixaram-nos mesmo filmar os aparelhos em acção sobre os incêndios. Em pouco tempo, a equipa alemã tornou-se uma espécie de estrela do nosso firmamento local a juntar aos nossos bombeiros que todos os dias combatiam os fogos até à exaustão.
Mas é curioso como os editores destas coisas terão escolhido os Puma para figurar nos telejornais. Talvez seja mais espectacular fazer uma reportagem de helicóptero do que de avião. Talvez os alemães sejam mais simpáticos do que os italianos ou do que os franceses. Enfim, nunca saberemos porque razão foram os Puma as estrelas da companhia. Mas a cobertura mediática que tiveram até foi boa para mostrar à malta de cá como deve funcionar um grupo aéreo de helicópteros do estado dedicado ao combate de fogos.
Quem entrevistou os pilotos alemães ficou facilmente a perceber que aqueles homens treinam todo o ano naquele tipo de missões e que são especialistas em combate a incêndios. Ou seja, são polícias num grupo de aviação treinados para um só tipo de missões. Talvez, por isso, se note a eficiência com que actuam no combate ao fogo. Serve isto para lembrar que não basta apenas equipar um helicóptero com um balde de água e mandar o piloto despejar a água sobre o fogo. É preciso treino para fazer isso e uma dedicação específica a este tipo de missões.
Talvez se perceba assim, que não adianta dizer que temos novos helicópteros na força aérea (os famosos Merlin) que podiam também ser usados no combate a fogos. Em primeiro lugar, os helicópteros não estão preparados para isso e em segundo lugar, os pilotos também não. O mesmo acontece em relação aos pilotos do exército (que continuam sem helicópteros para pilotar e a ficarem desactualizados). Também não estão treinados para combater incêndios e os helicópteros que vão receber no futuro também não estão adaptados para isso. Portanto, os meios aéreos de combate a incêndios devem ser operados por pilotos treinados para essa função como acontece na Alemanha e noutros países. E os helicópteros ou outros meios aéreos destinados a isso devem ter essa actividade como missão primária e não como missão secundária ou apêndice de uma actividade militar. Neste contexto é de saudar a passagem gradual ao longo do próximo ano dos Puma da força aérea para essa missão. Se forem operados nos mesmos moldes dos Puma alemães poderão ser muito eficientes no combate a incêndios.
É curioso a este propósito como o heliporto de Santa Comba Dão tornou-se visita frequente de jornais e de televisões que acharam interessante fazer umas reportagens sobre a actuação dos 3 helicópteros SA 330J Puma do Grupo de Aviação da Polícia Federal Alemã. Os alemães muito simpáticos até levaram alguns jornalistas a dar umas voltas de helicóptero e deixaram-nos mesmo filmar os aparelhos em acção sobre os incêndios. Em pouco tempo, a equipa alemã tornou-se uma espécie de estrela do nosso firmamento local a juntar aos nossos bombeiros que todos os dias combatiam os fogos até à exaustão.
Mas é curioso como os editores destas coisas terão escolhido os Puma para figurar nos telejornais. Talvez seja mais espectacular fazer uma reportagem de helicóptero do que de avião. Talvez os alemães sejam mais simpáticos do que os italianos ou do que os franceses. Enfim, nunca saberemos porque razão foram os Puma as estrelas da companhia. Mas a cobertura mediática que tiveram até foi boa para mostrar à malta de cá como deve funcionar um grupo aéreo de helicópteros do estado dedicado ao combate de fogos.
Quem entrevistou os pilotos alemães ficou facilmente a perceber que aqueles homens treinam todo o ano naquele tipo de missões e que são especialistas em combate a incêndios. Ou seja, são polícias num grupo de aviação treinados para um só tipo de missões. Talvez, por isso, se note a eficiência com que actuam no combate ao fogo. Serve isto para lembrar que não basta apenas equipar um helicóptero com um balde de água e mandar o piloto despejar a água sobre o fogo. É preciso treino para fazer isso e uma dedicação específica a este tipo de missões.
Talvez se perceba assim, que não adianta dizer que temos novos helicópteros na força aérea (os famosos Merlin) que podiam também ser usados no combate a fogos. Em primeiro lugar, os helicópteros não estão preparados para isso e em segundo lugar, os pilotos também não. O mesmo acontece em relação aos pilotos do exército (que continuam sem helicópteros para pilotar e a ficarem desactualizados). Também não estão treinados para combater incêndios e os helicópteros que vão receber no futuro também não estão adaptados para isso. Portanto, os meios aéreos de combate a incêndios devem ser operados por pilotos treinados para essa função como acontece na Alemanha e noutros países. E os helicópteros ou outros meios aéreos destinados a isso devem ter essa actividade como missão primária e não como missão secundária ou apêndice de uma actividade militar. Neste contexto é de saudar a passagem gradual ao longo do próximo ano dos Puma da força aérea para essa missão. Se forem operados nos mesmos moldes dos Puma alemães poderão ser muito eficientes no combate a incêndios.
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