sábado, janeiro 10, 2009

Canberra, o bombardeiro dos pobres

O Canberra sempre foi um avião flexível. Nos anos 50 e 60 foi um sucesso com vendas para vários países e um bom serviço na RAF e mesmo na USAF (B-57). Mas sempre pensei nele como uma espécie de bombardeiro dos pobres, porque nenhum país remediado ou pobre (estou-me lembrar de alguns sul-americanos ou do Paquistão) arranjariam um bombardeiro melhor que o Canberra a um preço acessível. Capaz de levar armas internamente e nas asas e com um bom raio de alcance, o Canberra foi um óptimo bombardeiro para a época.


Teria sido uma boa opção para Portugal nos anos 50, pois teria dado jeito em África. Basta pensar no caso sul-africano e rodesiano, onde o Canberra mostrou o que valia nas estepes africanas. Para nós teria sido uma boa escolha e muito melhor que o Fiat para o tipo de operações que desenvolvemos em África. Mas o Canberra nunca passou por cá.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

A-7E

Um A-7E Corsair II da Marinha norte-americana. Impressionante a carga de armas que este avião podia transportar. Teve o seu tempo, mas há quem goste de o ver em miniatura como eu. Assim pequenino parece que não faz mal a uma mosca, mas foi sempre uma máquina de morte de grande precisão.

terça-feira, janeiro 06, 2009

O B-52

Sem sombra de dúvida que os tempos áureos do B-52 já vão longe, mas é admirável que um bombardeiro estratégico tão antigo tenha revelado um grau de sobrevivência temporal tão elevado e que ainda hoje cruze os céus. Porque estamos a falar de um aparelho com 50 anos de vida, que num avião é uma eternidade. É claro que os B-52s de agora já não são nada do que eram em 1959, quando os primeiros foram entregues ao SAC americano. Mas é espantoso que um avião tão pesado e lento concebido para bombardeamento nuclear tenha sobrevivido a toda a guerra fria e ao que veio depois disso. Mas a imagem mais marcante que guardo deles é da “Guerra dos Onze Dias” sobre Hanói e Haifong, em que fizeram 700 incursões com um número de perdas considerável (15 B-52s abatidos). Mas conseguiram pressionar os norte-vietnamitas a negociar em Paris com Kissinger e a chegar a um acordo sobre a Guerra do Vietname. Foram voos impressionantes que chegavam a demorar 18 horas. Tudo já passou. Tudo é já memória e já ninguém se lembra dos B-52s sobre Hanói.

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sábado, janeiro 03, 2009

Guerra nos Céus

Guerra nos Céus da Rio Gráfica (1987-88) Uma colecção de 61 fascículos, organizada em 4 volumes, sobre combates aéreos e aviões famosos, que se vendeu em Portugal. A qualidade gráfica não era a melhor, mas o conteúdo era razoável e deu no fim uma boa colecção de fascículos de guerra. Vista à distância até não era nada má. A capa do número 1 com um F-15 em destaque e a guerra das Malvinas.

P-3

Não sabia que os primeiros P-3B Orion que Portugal recebeu (P-3P) em 1989 tinham estado muito perto de serem comprados pela Argentina em 1982. Os P-3B tinham sido vendidos à Lockheed pela Austrália, quando este país comprou o P-3C. Desde 1977, que a Argentina tentava comprar aviões P-3, mas sem sucesso. Até que em 1982 esteve muito perto de comprar os aviões australianos à Lockheed.

O contrato estava para ser assinado no dia 4 de Abril, mas dois dias antes, os argentinos tomaram conta das Falkand e o negócio foi cancelado. Os aviões ficaram assim na Lockheed e mais tarde foram vendidos a Portugal.

terça-feira, dezembro 30, 2008

O tigre e o corsário

Um artigo que escrevi em 2005, sobre uma velha polémica. Porque razão recebemos o A-7P e não F-5 Tiger II? E a resposta acaba sempre por ser a mesma. Porque lá no fundo não havia dinheiro e fomos para uma opção mais barata, que até não era má opção para a época e para o tipo de missões que nos estavam destinadas. Mas é sempre o velho problema. Sermos pobres e remediados.

As pastilhas

Sou de um tempo em que as pastilhas elásticas eram sempre as mesmas. Pouco escolha havia. Lembro-me bem das Pirata e das Gorila. Eram baratas e vendiam bem, mas os tipos lá da fábrica metiam uns cromos à mistura. Lembro-me dos comboios nas Pirata e dos aviões. E dos sinais de trânsito nas Gorila e outra vez os aviões.

E lembro-me de fazermos colecção e da colecção andar à volta dos 809 aviões. Como é que um miúdo ia agora comer 809 pastilhas para ter uma colecção de aviões em cromos? Mas os aviões eram excelentes e quem comprava trocava e havia mesmo alguns que andavam sempre a olhar para o chão a ver se apanhavam algum cromo.

Certo dia, um vizinho meu, lá fez a colecção (não dos 809 aviões, mas da 2ª Guerra Mundial) e lá mandou a colecção para os tipos da Gorila e recebeu em casa uma caderneta colorida com os aviões da Grande Guerra. E eu não fiz mais nada senão pedir-lhe emprestado a dita e fotocopiá-la. A preto e branco porque naquele tempo não havia fotocópias a cores.

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sábado, novembro 01, 2008

Perfil 3

Napalm

O napalm era obviamente uma arma uasada na selva africana. Além do efeito físico tinha um efeito psicológico significativo sobre os guerrilheiros.

Perfil 2

Interdição

Esta era a carga típica do G.91 em missões de interdição. Este tipo de configuração era usada contra bases da guerrilha e posições anti-aéreas.

Fiat perfil de armamento

Os Fiat G.91 R/4 em África foram usados em muitas missões de combate. Desse ponto de vista é interessante olhar para o perfil de armamento. No essencial, os aviões foram usados em missões de apoio próximo, interdição e com Napalm. Este primeiro post mostra o Fiat em função de apoio próximo.

Apoio próximo

Nesta função o avião levava foguetes não guiados, pois neste tipo de missões há habitualmente forças amigas envolvidas ou populações.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Aviação militar espanhola

Em Espanha, as Edições Quiron lançaram uma colecção de 160 fascículos sobre a história da aviação militar espanhola. Os fascículos podem ser comprados em conjunto em 5 volumes (a 61 euros cada um). É a obra mais completa que se produziu até hoje sobre a aviação militar em Espanha. Pode-se ver aqui um aparelho que também é usado por nós.