Canberra, o bombardeiro dos pobres
O Canberra sempre foi um avião flexível. Nos anos 50 e 60 foi um sucesso com vendas para vários países e um bom serviço na RAF e mesmo na USAF (B-57). Mas sempre pensei nele como uma espécie de bombardeiro dos pobres, porque nenhum país remediado ou pobre (estou-me lembrar de alguns sul-americanos ou do Paquistão) arranjariam um bombardeiro melhor que o Canberra a um preço acessível. Capaz de levar armas internamente e nas asas e com um bom raio de alcance, o Canberra foi um óptimo bombardeiro para a época.
Teria sido uma boa opção para Portugal nos anos 50, pois teria dado jeito em África. Basta pensar no caso sul-africano e rodesiano, onde o Canberra mostrou o que valia nas estepes africanas. Para nós teria sido uma boa escolha e muito melhor que o Fiat para o tipo de operações que desenvolvemos em África. Mas o Canberra nunca passou por cá.