terça-feira, dezembro 30, 2008

O tigre e o corsário

Um artigo que escrevi em 2005, sobre uma velha polémica. Porque razão recebemos o A-7P e não F-5 Tiger II? E a resposta acaba sempre por ser a mesma. Porque lá no fundo não havia dinheiro e fomos para uma opção mais barata, que até não era má opção para a época e para o tipo de missões que nos estavam destinadas. Mas é sempre o velho problema. Sermos pobres e remediados.

As pastilhas

Sou de um tempo em que as pastilhas elásticas eram sempre as mesmas. Pouco escolha havia. Lembro-me bem das Pirata e das Gorila. Eram baratas e vendiam bem, mas os tipos lá da fábrica metiam uns cromos à mistura. Lembro-me dos comboios nas Pirata e dos aviões. E dos sinais de trânsito nas Gorila e outra vez os aviões.

E lembro-me de fazermos colecção e da colecção andar à volta dos 809 aviões. Como é que um miúdo ia agora comer 809 pastilhas para ter uma colecção de aviões em cromos? Mas os aviões eram excelentes e quem comprava trocava e havia mesmo alguns que andavam sempre a olhar para o chão a ver se apanhavam algum cromo.

Certo dia, um vizinho meu, lá fez a colecção (não dos 809 aviões, mas da 2ª Guerra Mundial) e lá mandou a colecção para os tipos da Gorila e recebeu em casa uma caderneta colorida com os aviões da Grande Guerra. E eu não fiz mais nada senão pedir-lhe emprestado a dita e fotocopiá-la. A preto e branco porque naquele tempo não havia fotocópias a cores.

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