terça-feira, maio 30, 2006

Yom Kippur

Já agora um pequeno apontamento sobre a guerra de Yom Kippur já abordada noutro post.

Os israelitas estavam obviamente confiantes que depois da Guerra dos Seis Dias, os árabes não tinham organização nem capacidade para lançar um ataque significativo contra Israel. Estavam obviamente enganados.

É um facto que os árabes tinham insuficiências em termos de experiência militar, mas numericamente eram superiores e tinham armamento de origem soviética capaz de causas sérias baixas aos israelitas.

Depois apostaram numa guerra de desgaste. De início foram bem sucedidos, mas quando Israel conseguiu suster os sírios a norte concentrou os seus recursos na zona do Sinai para deter os egípcios e a partir de meados de Outubro conseguiu abrir uma brecha na linha de defesa egípcia.

A partir daí os árabes começaram a sentir que o jogo de forças estava a correr contra eles e que era altura de usar a arma do petróleo. Quando a Arábia Saudita suspendeu o fornecimento de petróleo ao Ocidente, a guerra tinha que parar.

No entanto, várias lições foram tiradas do conflito. Uma delas é que os SAMs soviéticos eram sistemas eficientes capazes de provocar sérias baixas na força aérea israelita.

Outra foi de que eram necessários sistemas de contramedidas eficientes contra a ameaça dos SAMs. O uso de armas inteligentes foi também importante pela primeira vez, assim como a recolha de informações com o recurso a drones.

Os israelitas aprenderam muito com o conflito e na Guerra do Líbano em 82 souberam contornar o problema dos SAMs sírios de forma muito mais eficiente. Ou seja, aprenderam a lição.