Porta-Aviões
O último número da AFM traz um artigo interessante sobre os futuros porta-aviões da Marinha Britânica, que deverão entrar em serviço em 2012 e 2015. Actualmente ainda estão em definição, mas tudo aponta que deverão ter entre 50,000-60,000 toneladas. É claro que se for esta a configuração final (58,000 toneladas), os navios vão ter o F-35B como avião principal, o que segundo o autor do artigo implica uma série de restrições a outros níveis como o caso das aeronaves de alerta antecipado. É que neste tipo de cenário, os aviões não teriam catapultas para operar aeronaves CTOL.
A configuração defendida no artigo é que os futuros porta-aviões britânicos deviam ter 65,000 toneladas, o que tornaria possível a operação do F-35C e de outros aviões de asa fixa como o E-2 Hawkeye. Embora pareça que o caminho a seguir não será esse por questões de custos, a verdade é que os óbices levantados no artigo são relevantes para o futuro destes navios e para a sua capacidade de projecção de força.
No entanto, não deixa de ser impressionante a dimensão destes navios e a capacidade que vão trazer à Marinha Real. Juntamente com os porta-aviões franceses (os franceses vão construir mais um além do Charles de Gaulle), serão os maiores navios a operar em marinhas europeias.
É claro que o seu custo (cerca de 2 mil milhões de euros) está apenas ao alcance de países como a Grã-Bretanha ou a França, mas dão a estes dois países um vector naval importante com poder aéreo associado.
Mas quando penso nos 210 milhões de euros que vai custar o nosso navio polivalente logístico ou nos 840 milhões de euros dos 2 submarinos vejo realmente o quanto somos pequenos para estas aventuras de porta-aviões.
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