Rodésia
Embora seja um episódio histórico pouco divulgado, mas o uso do Cessna 337 FTB na guerra civil rodesiana foi uma das aplicações mais ofensivas que este pequeno avião teve na sua história. No entanto, nunca foi muito divulgado no Ocidente apesar da importância que o avião teve no conflito rodesiano.
A guerra rodesiana decorreu de forma mais intensa ao longo dos anos 70 contra as forças de guerrilha que visavam mudar o sistema político racial vigente na Rodésia e envolveu vários aparelhos da Força Aérea da Rodésia (RhAF), que participavam frequentemente nas operações militares contra os movimentos de guerrilha que criam derrubar o regime branco do primeiro-ministro Ian Smith.
Devidos às características do conflito, a RhAF decidiu adquiriu em 75, de forma clandestina em França (pois era alvo de boicote internacional), 18 Reims-Cessna FTB 333G, que foram levados para a Rodésia por pilotos franceses e rodesianos. Um deles pousou em Moçambique com problemas no motor, mas os outros 17 chegaram à base de Nova Sarum em Fevereiro de 76.
Os aviões foram integrados no Esquadrão 4 da RhAF e começaram por ser armados com 2 metralhadoras de 7,7 mm em cima da cabine. Além disso, foram pintados com tinta fosca e receberam blindagens térmicas nos escapes dos motores para evitar mísseis guiados por calor como SA-7 “Strella”.
Os aviões eram muito semelhantes em termos de equipamento aos Cessna O-2 da USAF, mas tinham quatro pontos de fixação sob as asas para levar diversos tipos de armamento. De início, levavam dois lança-foguetes SNEB de 37 mm, juntamente com 2 tanques de napalm de 68 l (Frantan). Também podiam levar bombas de queda livre embora com alguns limites, pois os pontos de fixação estavam projectados para aguentar cargas até 90 kg.
Os aviões eram operados por pilotos experientes e em bases aéreas avançadas, o que lhes dava um certa mobilidade e resposta rápida a solicitações de apoio aéreo. Em geral, os aviões operavam sozinhos e com um armamento básico de 2 metralhadoras e dois casulos SNEB.
No entanto, actuaram também em operações conjuntas com Alouettes III em versão helicanhão ou com aviões de ataque leve como o SIAI Marchetti SF-260, nas chamadas operações Fire-Force.
O avião funcionava também como controle aéreo avançado podendo guiar caças a jacto para ataques localizados ou também podia ser usado em missões “Telstar” de retransmissão de comunicações. O Cessna tinha capacidade de voo cego e podia actuar tanto de dia como de noite.
Os aviões actuaram sempre durante o período mais intenso da guerra civil até à formação do Zimbabwe em 79. Depois da guerra, a maioria dos pilotos deixou a RhAF e emigrou para a África Sul, Inglaterra e Estados Unidos. Quanto aos Cessna foram integrados na nova força aérea do Zimbabwe, mas a falta de técnicos especializados e de consequente manutenção levaram os aviões à inoperacionalidade.
Mas o seu uso neste conflito é surpreendente e mostrou que um pequeno avião vocacionado para operações civis podia ser adaptado para missões militares de largo espectro.
Desta forma, é possível que se a guerra colonial tivesse continuado em África, a FAP também tivesse dado um uso semelhante aos seus FTB.
A guerra rodesiana decorreu de forma mais intensa ao longo dos anos 70 contra as forças de guerrilha que visavam mudar o sistema político racial vigente na Rodésia e envolveu vários aparelhos da Força Aérea da Rodésia (RhAF), que participavam frequentemente nas operações militares contra os movimentos de guerrilha que criam derrubar o regime branco do primeiro-ministro Ian Smith.
Devidos às características do conflito, a RhAF decidiu adquiriu em 75, de forma clandestina em França (pois era alvo de boicote internacional), 18 Reims-Cessna FTB 333G, que foram levados para a Rodésia por pilotos franceses e rodesianos. Um deles pousou em Moçambique com problemas no motor, mas os outros 17 chegaram à base de Nova Sarum em Fevereiro de 76.
Os aviões foram integrados no Esquadrão 4 da RhAF e começaram por ser armados com 2 metralhadoras de 7,7 mm em cima da cabine. Além disso, foram pintados com tinta fosca e receberam blindagens térmicas nos escapes dos motores para evitar mísseis guiados por calor como SA-7 “Strella”.
Os aviões eram muito semelhantes em termos de equipamento aos Cessna O-2 da USAF, mas tinham quatro pontos de fixação sob as asas para levar diversos tipos de armamento. De início, levavam dois lança-foguetes SNEB de 37 mm, juntamente com 2 tanques de napalm de 68 l (Frantan). Também podiam levar bombas de queda livre embora com alguns limites, pois os pontos de fixação estavam projectados para aguentar cargas até 90 kg.
Os aviões eram operados por pilotos experientes e em bases aéreas avançadas, o que lhes dava um certa mobilidade e resposta rápida a solicitações de apoio aéreo. Em geral, os aviões operavam sozinhos e com um armamento básico de 2 metralhadoras e dois casulos SNEB.
No entanto, actuaram também em operações conjuntas com Alouettes III em versão helicanhão ou com aviões de ataque leve como o SIAI Marchetti SF-260, nas chamadas operações Fire-Force.
O avião funcionava também como controle aéreo avançado podendo guiar caças a jacto para ataques localizados ou também podia ser usado em missões “Telstar” de retransmissão de comunicações. O Cessna tinha capacidade de voo cego e podia actuar tanto de dia como de noite.
Os aviões actuaram sempre durante o período mais intenso da guerra civil até à formação do Zimbabwe em 79. Depois da guerra, a maioria dos pilotos deixou a RhAF e emigrou para a África Sul, Inglaterra e Estados Unidos. Quanto aos Cessna foram integrados na nova força aérea do Zimbabwe, mas a falta de técnicos especializados e de consequente manutenção levaram os aviões à inoperacionalidade.
Mas o seu uso neste conflito é surpreendente e mostrou que um pequeno avião vocacionado para operações civis podia ser adaptado para missões militares de largo espectro.
Desta forma, é possível que se a guerra colonial tivesse continuado em África, a FAP também tivesse dado um uso semelhante aos seus FTB.
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